Mar Limpo, Porto Inteligente: A Revolução Tecnológica na Gestão Ambiental Portuária | Podcast Protagonismo Regional
24 de janeiro de 2025
Soluções tecnológicas e econômicas para preservação oceânica, com foco na gestão de resíduos portuários.
Neste Podcast, discutimos sobre a preservação dos oceanos, focando especificamente em soluções tecnológicas e econômicas para abordar a questão dos resíduos no porto de Santos. A discussão envolve um painel de especialistas. Discutimos os desafios do gerenciamento de resíduos, a importância da conscientização ambiental e o papel da tecnologia na busca de soluções. A conversa também destaca a importância da colaboração entre o porto, a cidade e as universidades para desenvolver práticas e inovações sustentáveis.
- Ana Angélica Alabar: “Ambiente saudável significa uma cidade saudável… Se tudo estiver funcionando bem dentro de um ambiente saudável, você pode ter certeza de que a cidade será saudável.”
- Professor Renato Márcio: “É fundamental que as universidades… assumam o protagonismo… que os jovens tenham esse sentimento de pertencimento à cidade e a essas ações…”
- Renan Martins: “O hackathon foi uma experiência muito boa… Acabamos aprendendo muito… Desenvolvemos todo o produto baseado neste evento.”
Resumo
Este episódio de podcast gira em torno da preservação do oceano e o papel da tecnologia em alcançar esse objetivo. O podcast destaca um projeto que se originou de um “hackathon” onde os estudantes foram desafiados a encontrar soluções tecnológicas para problemas enfrentados pelo porto. O projeto dos estudantes se concentra no monitoramento de resíduos, tanto líquidos quanto sólidos, no porto e suas áreas circundantes. O podcast discute os desafios e oportunidades de tal empreendimento, particularmente para jovens empreendedores, e enfatiza a importância da colaboração e investimento em soluções tecnológicas para problemas ambientais.
Você pode nos contar sobre o Hackathon em que participou? Qual desafio foi proposto?
Havia três temas. O primeiro era sobre resíduos no porto, o segundo, se me lembro bem, era sobre assédio no porto e o terceiro era sobre energias renováveis. Escolhemos resíduos porque era um ponto crítico para o porto, e começamos a desenvolver ideias baseadas no que os mentores nos diziam. Estávamos conversando e vendo qual era a melhor ideia para este tema, e os mentores nos trouxeram os pontos críticos de cada setor em que trabalham, seja um terminal ou a própria Autoridade Portuária, e nos trouxeram essa experiência.
O que, especificamente, os estudantes conseguiram apresentar como ferramenta para uma solução?
Por exemplo, uma mancha de óleo que aparece em frente a um terminal. Foi realmente aquele terminal que causou aquela mancha de óleo ou poderia ter vindo de uma mancha de óleo trazida pelas correntes e se estabelecido perto do terminal? Desenvolvemos uma tecnologia para detectar o momento em que o resíduo passa por um determinado local, e essa detecção aciona um alerta para a autoridade portuária, que saberá quem é o causador. Por exemplo, se foi um navio que passou e deixou aquele rastro de óleo, seremos capazes de detectar o ponto de origem até onde aquela mancha se estendeu para pegar o culpado.
Como você vai estabelecer a catalogação do banco de dados? Quais são os critérios para formar essa estrutura?
Vamos usar inteligência artificial para nosso banco de dados. Usaremos técnicas de ciência de dados, que seria a parte de previsão, a parte de estruturação de dados para que tenhamos uma previsão ou tenhamos a base de onde esses dados vieram para que possamos ter essa ideia dos resíduos.
Qual é a mensagem que você envia aos jovens que querem seguir seu exemplo na criação de uma startup e enfrentar novos desafios?
Certifique-se de ter uma equipe ao seu lado.
Em termos de alavancar nosso ecossistema regional de inovação que está muito relacionado ao porto, se estamos falando de uma empresa gigante como o Porto de Santos, que deveria estar investindo mais, como Ana Angélica bem destacou aqui, esse investimento de R$36.000 é muito bem-vindo, mas convenhamos, para as necessidades e o tamanho da empresa, isso é uma gota no oceano que eles estão nos dando.
Nosso modelo de tecnologia tem uma dependência, é claro, como toda tecnologia. Você tem uma dependência de eletricidade, de internet para fazer transferência de dados, de bancos de dados, de servidores. É toda uma arquitetura tecnológica que vai funcionar por trás disso.
Que mensagem você tem para a comunidade acadêmica, para os jovens estudantes que querem entrar nesse mundo de hackathons e startups?
Minha mensagem é para os jovens acreditarem em seu potencial, pois eles têm muito potencial. Muitas vezes, esse potencial é perdido devido à falta de orientação. Os jovens precisam de orientação; eles precisam de alguém para direcionar sua capacidade técnica e intelectual para transformar ideias em projetos e projetos em soluções.
Renan, que está iniciando uma jornada junto com a Data Overseas, deve convidar seus colegas de idade, mostrar a realidade do problema, para que, como a própria Ana disse, possam formar equipes porque ninguém faz nada sozinho.
Quanto aos jovens contribuírem com suas ideias e levá-las a algum lugar que aceite essas ideias e as torne reais, acho que mesmo que você pense que a ideia não é boa, se você tiver pessoas ao seu lado que possam transformar essa ideia em uma ideia muito boa, esse é o melhor cenário possível. Reúna-se, pegue um pouco da pequena ideia, junte-se a outras pessoas e a desenvolva, vá atrás dela, ganhe experiência trabalhando nela e participe de todos os hackathons da cidade porque é realmente bom.
Na última segunda-feira, 19, participamos do podcast Protagonismo Regional, onde compartilhamos a trajetória da Data Over Seas e discutimos nossas conquistas e desafios. Durante a conversa, aproveitamos a oportunidade para convidar investidores a conhecerem mais de perto nosso projeto, apresentando as soluções inovadoras que estamos desenvolvendo para a gestão de resíduos no setor portuário. Foi um espaço valioso para fortalecer nossa rede de contatos e atrair potenciais parceiros que compartilham nossa visão de sustentabilidade e inovação.
